Francamente, Flora Espoleta, o que você esperava? Depois de tantas reviravoltas, uma hora a bola tinha que voltar pro seu lado. E adorei descobrir que o Silveirinha virou a casaca. Ele é o verdadeiro dinamizador da história. Como pode a tapada da Donatela Faísca confiar nele depois da troca de cuspe na cara, eu não sei. Mas sei que o mais impagável em tudo isso não é o beijinho doce, não é a baba de champagne no queixo, não é o sms em caps lock times 16 “estamos a caminho do restaurante”. São os crazy eyes da Flora. Aquele jeito dela falar “é a Donatela, Silveirinhaaaaaaaa” como se tivesse esquecido o horário do remédio. E alguém avisa pra Claudia Raia que o jeito dela andar é horrível demais, viu. Eu sei que é in character, mas mesmo assim.
E quem acha que Flora é sapatão levanta a mão. Imagina, no final, quando tudo for perdoado e Flora for dama de honra do casamento de Donatela e Zé Bob, no último capítulo, quando elas forem melhores amigas novamente. Depois de uma apresentação surpresa de Faísca e Espoleta, cantando beijinho doce, claro, Flora segura a cauda do vestido de Donatela e vislumbra, na platéia, Stela, a outra sapatão solteira da novela. Elas sorriem, piscam, Flora dedica uma canção pra ela e tem o seu final feliz.
E para aqueles que urgem por justiça e acham que Flora devia pagar pelos seus crimes, eu tenho duas palavras: DOUBLE JEOPARDY.
PS: AE, CATARINA!